segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tempos Modernos

Resenha do filme Tempos Modernos, que foi filmado em outubro de 1934, e sua estréia foi em fevereiro de 1936.
Resenhista: Magdale Catelan.


O filme Tempos Modernos é uma sátira sobre a industrialização. Quem assiste ao filme percebe as criticas que são feitas ao modo de industrialização e ao pensamento capitalista. As cenas na indústria mostram a realidade dura dos operários das fábricas, a quem é exigido além do seu limite para obtenção do lucro total do dono da fábrica.

A produção mostra a situação de instabilidade que a população enfrentava com exploração. As greves e até mesmo a fome eram freqüentes por conta da instabilidade da economia capitalista daquele momento, das incertezas de um tempo desconhecido e que era rápido demais, o que é agora daqui a pouco não é mais. A passagem do filme que mostra o protagonista fazendo de tudo para voltar à prisão de onde havia saído por ajudar o delegado a se libertar de outro preso mostra a insegurança do desemprego.

Por outro lado, ter emprego era fazer parte da máquina que operavam isso não significava ser visto como trabalhador. Cada um fazia um tipo de serviço, sem nem saber qual seria o produto final, em uma total alienação da vida do seu próprio trabalho. Chaplin na cena que sofre um colapso mostra que, para algumas pessoas, era difícil se adaptar, e que as pessoas desejavam algo melhor si. As cenas com comida abundante mostram a imaginação das pessoas de como seria a fartura de comida e a vida com luxo e as facilidades da modernidade. Mas a realidade da época era outra, mais dura. As pessoas não sabiam ao certo o seu lugar na sociedade, procuravam emprego e não encontravam. A crise da economia capitalista em 1929 fechou fabricas, desempregou e deixou famintas milhares de pessoas.

O filme retrata bem a diferença das classes que podiam comprar ir a uma loja, e as pessoas sujas e mal trapilhas com fome e sem esperança. Tempos Modernos é um filme muito importante para enxergarmos como se davam as relações do operário com as mudanças e descobertas da época. Consumidas pela alienação, estes eram como robôs regulados só para o trabalho, não sabiam nem manusear o fabricavam, não tinham direito a nada, nem a folga, nem a férias, qualquer segundo parado significava perda de dinheiro para o dono da fabrica. O filme é envolvente e desperta-nos para os dias de hoje também. Será que conseguimos realmente conquistar condições de trabalho mais dignas para todos? Ou se olharmos mais de perto ainda podemos encontrar casos de trabalhadores que não tem seus direitos assegurados e tem uma jornada de trabalho maior do que podem suportar.

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