quarta-feira, 13 de julho de 2011

NASCIMENTO DO ESTADO TOTALITÁRIO ALEMÃO: ADOLF HITLER






Gláucia da Rosa Do Amaral.
Com o fim da primeira guerra Mundial, estabeleceu-se na Alemanha a República de Weimar (modelo de governo parlamentarista democrático) na qual o presidente da república era eleito pelo voto direto onde se nomeava um chanceler que seria responsável pelo poder executivo. Quanto ao poder legislativo, era constituído por um parlamento composto de deputados eleitos pelo povo.
É importante destacar que, com a Segunda Guerra Mundial, as classes abastadas estão em pânico, os empresários fazem o que querem e a ordem que prevalece é cada um por si, assim oeste período é marcado pela urbanização e perda de valores.
Logo, para compreender a real situação do estado alemão, é indubitável saber que o governo alemão sofria inúmeras dificuldades de caráter econômico e social gerados pela guerra, pois o Tratado de Versalhes lhes obrigava a cumprir com inúmeros acordos como pagamento das dívidas aos países vencedores como França e Inglaterra. Mesmo com o desenvolvimento industrial, o país vinha sofrendo com desemprego e altíssimas taxas que geravam greves e constantes protestos contra o governo.
Portanto, com suspeita de que o movimento socialista se expandisse o governo passou a apoiar o partido antidemocrático liderado por Adolf Hitler. Durante a Primeira Grande Guerra, Hitler foi condecorado com a cruz de ferro, recompensa por mérito militar. Em 1919, fundou o partido dos trabalhadores e, pouco tempo depois se tornou chefe absoluto desse partido com as letras iniciais do nome do partido foi formado NAZI.
Em 1939, Hitler acumulou as funções de chanceler e chefe de estado na qual forçou a dissolução dos partidos políticos com exceção do seu. Fechou sindicatos, criou os campos de concentração para onde seguiam os presos como socialistas, comunistas e judeus e reuniu as forças morais, intelectuais educacionais e religiosas sob vigilância. Seus discursos eram baseados no saudosismo na busca dos laços da comunidade alimentando o ódio pelos outros países culpando pela derrota e depressão do capitalismo os judeus.
Hitler era visto como herói na qual a sociedade alemã na qual se acreditava que iria melhorar e reestruturar a sociedade e as classes. Assim nascia O ESTADO TOTALITÁRIO ALEMÃO.






Bibliografia:
GONÇALVES, Willians da silva. Segunda Guerra mundial. Ed civilização Brasileira.
CÁCERES florival, História Geral pág. 375 á378. Ed Moderna.





quarta-feira, 6 de julho de 2011

A mídia além do épico: a imagem do homem na lua.

Daiane Silveira Rossi*

Olhar para essa imagem remete-nos a pensar elementos que vão além das famosas frases: “Será isso mesmo verdade?” “Até onde o homem vai chegar?”. Acredito que poderíamos refleti-las de outra maneira: “O que motiva o homem a chegar tão longe?” “Por que isso teve tanta importância?”
A partir dessas reflexões, não podemos deixa de situar esse acontecimento em seu contexto mundial: a Guerra Fria. Um período de constantes confrontos entre Estados Unidos e União Soviética, que se estendeu o término da II Guerra Mundial até a queda da URSS. Vale lembrar que aqui estarei usando o termo guerra conforme a concepção de Thomas Hobes: “a guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar, mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida”. Por mais que ambos nunca tenham se confrontado diretamente, o medo de uma destruição nuclear global era eminente na população. Sentimento este, que as superpotências usavam a seu favor nas suas propagandas, com o intuito de proteção mundial e defesa contra o inimigo interno. Também fazia parte dessas “batalhas”, as disputas geopolíticas, econômicas, armamentistas e, especialmente, tecnológicas.
Voltemo-nos novamente a foto, vamos tentar olhar o que há por trás da sua divulgação. Nos EUA, pós II Guerra Mundial, as mídias passaram a ocupar um espaço enorme frente à população. Destaca-se o advento das firmas de material radiofônico, em 1945 os americanos tinham em torno de uma dúzia de estações disponíveis para cerca de 10 mil receptores, enquanto que em 1960, haviam 580 estações, para 34,7 milhões de receptores (ZENHA, 2005). Ou seja, o alcance televisivo, principalmente pós década de 1960, era cada vez maior e se expandia, gradualmente, ao mundo todo. Por conseguinte, tanto agia como um instrumento de divulgação das manifestações sociais do período, quanto era usada como aparelho de propaganda do Estado. “A simples cobertura dos acontecimentos pelas emissoras de televisão não apenas transmitia a informação sobre um determinado fato, mas também agia sobre o que estava sendo divulgado” (ZENHA, 2005, p. 234).
Dessa forma, podemos analisar a divulgação da chegada do homem à lua em julho de 1969. Os EUA estavam em uma situação delicada devido às perdas no Vietnã, às manifestações anti-racismo, às ditaduras na América Latina, entre outros. Quem se importaria se os russos tinham enviado a cadela Laika ao espaço, ou se os norte-americanos estavam pisando na lua; com tudo isso acontecendo? Pois aí que nos enganamos, pois a máquina propagandística foi tão manipuladora, a televisão teve tanta importância, que o mundo parou para assistir àquela cena. Era o triunfo dos EUA. Além de amenizar sua imagem, conturbada pelo Vietnã, era uma mostra do quão mais poderosos eram, se comparados aos soviéticos.
Há uma cena no filme “O que é isso companheiro?” (Brasil, 1997), que mostra exatamente isso, num contexto de agitação política, pessoas desaparecendo no Brasil, e grande parte da população para em frente à televisão para ver o homem na lua. Alienação? Talvez. Mas isso nos mostra o quanto os meios de comunicação influem no pensamento e nas atitudes das pessoas.


 
REFERÊNCIAS:
HOBSBAWM, Eric. Guerra Fria. In: HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
ZENHA, Celeste. Mídia e informação no cotidiano contemporâneo. In: REIS FILHO, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge. O século XX. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2005.


*Acadêmica do V semestre do curso de História, do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cultura e política nos anos críticos

Resenhista Eliana Vilanova Prates dos Santos


Na década de XX, durante a Primeira Guerra Mundial, ocorreram várias mudanças na Europa. Foram tempos de muitos gastos com armamentos e munições, acarretando um rápido crescimento da indústria bélica, a qual detinha o poder de influenciar os políticos que governavam os estados.
Quando a guerra estourou, os motivos patrióticos defendidos nos discursos ainda tinham certo poder e impressionavam a população. Com o final da Primeira Guerra Mundial e a sob a influência da imprensa, cresceu a suspeita dos europeus de que por trás da guerra havia interesses capitalistas. Tal opinião foi difundida e estimulada pelos simpatizantes do socialismo.
Em decorrência disto espalha-se pela Europa um partido político de extrema direita, representado na Alemanha por Adolf Hitler e na Itália por Benito Mussolini. Entre suas características estão o centralismo de poder e violência. Seus programas políticos possuíam elementos antiliberais; provenientes da experiência do socialismo e do comunismo, adaptados a uma perspectiva de direita; e elementos de um tipo de nacionalismo agressivo que se fortaleceu durante a guerra.
Por esses acontecimentos, iniciam-se os confrontos de idéias entre os partidos de esquerda e direita, sendo limitado o espaço intermediário ocupado pelos liberais. As iniciativas políticas das organizações social-democrata, trabalhistas e socialistas tiveram resultados muito limitados, devido ao fracasso do governo trabalhista da Grã-Bretanha e na derrota do governo da frente popular antifascista na França.
Num primeiro momento este conflito de idéias e a vontade de expandir seus territórios poderiam levar a uma nova guerra, tendo como líder a Alemanha de Hitler e do outro lado a União Soviética de Stalin, mas de início não foi isso que aconteceu, pois Stalin tentou fazer alianças com líderes políticos da França e Inglaterra sem sucesso.
Em 1939, Stalin fez um pacto com Hitler, que ajudou a URSS a alcançar seu desenvolvimento industrial. As tropas de Hitler já haviam anexado a Áustria e ocupado a Tchecoslováquia, sem haver intervenção da Inglaterra ou França, o que não ocorreu com a invasão da Polônia, pois entre eles havia um pacto, que os levou a entrar na guerra.
Em 1941, Hitler invadiu a União Soviética, fazendo com que Stalin firmasse novas alianças com forças menos conservadoras. A Segunda Guerra Mundial ficou dividida; de um lado Alemanha, Japão e Itália e de outro Inglaterra, França, URSS e EUA; esse último somente entrou na guerra, pois tinha acordos comerciais com a Inglaterra e França.
Em meio à guerra que eclodia no mundo, a cultura dos EUA era absorvida pelos países Europeus. A maioria dos filmes de Hollywood eram exibidos nos cinemas ingleses. Atores e atrizes americanos eram cultuados com fervor. O cinema mudo alcançou seu momento mais sublime a partir de 1928, o qual foi substituído pelo filme falado que tinha melhor tecnologia em som e imagem. O cinema explorava diversos gêneros desde a comédia de Charles Chaplin a superproduções como “Dez mandamentos” e “E o vento levou”.
Na área tecnológica a criação do rádio foi instrumento importante para transmitir notícias sobre o confronto dos soldados, além de músicas de cantoras como Marlene Dietrich e Edith Piaf, que traziam em suas melodias incentivos aos soldados.
A ciência alimentava nos povos dos dois lados do Atlântico a esperança de um mundo melhor. Com auxílio dela foram criados novos medicamentos como a penicilina muito usada no tratamento dos doentes durante a Segunda Guerra Mundial, além da insulina e morfina que traziam alívio as dores humanas.
Os anos 20 e 30 eram chamados “anos loucos”. Isso se deve a incerteza no futuro após duas guerras mundiais. Estas inquietudes se refletiam na literatura, que descrevia o sentimento de medo entre as pessoas pela chegada da guerra. Já na música cantores de jazz com King Oliver e Louis Armstrong expressavam a estranheza da nova época. Outros exemplos podiam ser lembrados como na medicina, artes, física e filosofia. Nestes fatos recordados nem tudo eram “anos loucos”.

KONDER, Leandro. Cultura e política nos anos críticos, in REIS FILHO, D. A; FERREIRA, j. e ZENHA, C. O Século XX - O Tempo das Crises: Revoluções, fascismos e guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.


Imagens das décadas de 20 e 30




No cinema: O filme Tempos Modernos

Série de TV: O Gordo e o Magro

Na Moda: A revolução feminina de Coco Chanel

Na Música: O ritmo do Jazz de Louis Armstrong


As Cantoras Marlene Dietrich e Edith Piaf cujas canções eram ouvidas pelos soldados da 2ª Guerra Mundial.

Comemoração do Fim da Segunda Guerra Mundial em Nova York.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Grande Ditador




Resenhista: Juliana Maria Manfio






O filme lançado em 1940 (antes de os Estados Unidos entrarem na 2º Guerra Mundial) foi dirigido por Charles Chaplin, sendo o seu primeiro longa-metragem falado. De forma crítica e humorística, retrata o período entre guerras: final da 1º Guerra Mundial, e o que período que se estende até o início da 2º Guerra Mundial, apresentando personagens e cidades fictícias como Adenóide Hynkel (Hitler), Benzino Napaloni (Mussolini) e Tomânia (Alemanha). Charles Chaplin ainda representa os dois principais personagens do filme, o atrapalhado barbeiro judeu e Hynkel.
O filme inicia-se com os combates na 1º Guerra Mundial, em 1918, ano do final da Guerra. Nas primeias cenas, podemos perceber como se desenrolou a guerra, com o uso de alta teconologia de armamentos, como canhões, aviões e armas; e a presença de trincheiras (assim também chamada a Grande Guerra) devido a necessidade de não poder avançar contra o inimigo, pois causariam mais mortes entre o exército.
Outro elemento interessante é a presença dos meios de comunicação, os jornais e rádios, como forma de anunciar as fatos que ocorriam para a população, como a crise mundial do capitalismo, os tumultos sociais, os discursos dos governadores, entre outros. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, temos Tomânia, a fictícia Alemanha, como um dos países vencidos na guerra. A partir isso, vemos crescer a figura de Hynkel, personagem fictício representando Hitler, que com o desejo de vingar-se contra os vencedores da Grande Guerra, passa a preparar a Tomânia para dominar o mundo.
Uma das cenas que demonstra o sonho de Hynkel de dominar o mundo e que impulsiona para a 2º Grande Guerra é quando o mesmo brinca em seu escritório com um balão, representando o globo terreste. Por alguns instantes fica a brincar com o globo até que ele estoure em suas mãos. Essa cena passa a idéia que Hitler tinha em “ter o mundo em suas mãos” com sua política nazista. Porém, o balão estoura, representando uma idéia mais futura de que, Hitler não teria o mundo em suas mãos. A própria explosão do balão remete a um “acorde para a realidade Hitler, você não dominará o mundo”.
Apesar da figura fictícia de Hynkel, a semelhança com Hitler é sensacional. O figurino, os gestos, os discursos vibrantes são indícios que caracterizam ainda mais o ditador alemão. A própria política nazista, de perseguição e violência contra os judeus, para formar uma raça única e pura, a ariana, demonstrada com os seguidos ataques a uma vila de judeus; o combate aos grevistas, pois não aceitavam greves; as experiências com o uso de cobaias vivas; e o uso de mulheres na espionagem, foram elementos apresentados pelo filme. O longa-metragem ainda apresenta os acordos feitos entre Adenóide Hynkel (Hitler) e Benzino Napaloni (Mussolini).
É importante ressaltar a semelhança entre os dois principais personagens do longa-metragem: o barbeiro judeu e Hynkel. Os dois foram confundidos e trocaram de lugares: Hynkel foi preso e o barbeiro ocupou o lugar do general. Com a possibilidade de um dircurso, o barbeiro judeu muda o rumo do mundo, trazendo a população mundial a paz, evitando a 2º Guerra Mundial. E eu acredito, que foi essa a tentativa de Chaplin no período: evitar a matança em massa, e deixar o povo viver em paz, mas isso, como sabemos, não foi o que aconteceu, pois Hitler, na verdade, não foi confundido com outra pessoa. “O Grande Ditador” é uma comédia crítica, que levou Chaplin a ser expulso dos Estados Unidos, por querer apresentar uma solução de paz entre as nações.




Abaixo, o link do discurso do barbeiro judeu, fazendo se passar por Hynkel:


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Feliz Natal


Feliz Natal
Resenha do filme Feliz Natal (JOYEUX NOËL), um drama de 2005 de Christian Carion.
Resenhista: Carlo Maia

O filme nos traz os acontecimentos de uma noite de Natal, durante a Primeira Grande Guerra, em que alguns militares alemães, franceses e escoceses encontram-se em trincheiras. No campo de batalha, uma situação extraordinária acontece no momento em que escoceses começam a cantar canções festivas. No instante em que Nikolas Sprink, um tenor germânico, canta Noite Feliz, uma das canções mais populares do Natal, sua melodia é harmonizada por um flautista do lado inimigo. Um momento emocionante e único atinge esses combatentes que estabelecem uma trégua não oficial, para comemorarem juntos o Natal, concordando em um cessar-fogo para aquela noite.
Uma missa é celebrada pelo padre escocês, e no outro dia, enterram seus mortos além de jogarem uma partida de futebol. Durante um bombardeio de artilharia, ambos os lados entrincheirados se refugiam juntos para evitar mais mortes. Depois disso, o sacerdote é enviado de volta e repreendido pelo bispo, mesmo alegando seu ato ser de humanidade na condução de um ritual religioso. Os alemães envolvidos são levados para outro front e Audebert, um tenente da infantaria francesa, é enviado para Verdun sendo advertido por sua ação que poderia ter representado traição num tempo de guerra.
O exército tem importância vital para a manutenção de governos e expressão dos nacionalismos. Esse exacerbado patriotismo foi visualizado num conflito ao qual 20 milhões de pessoas foram mortas ou gravemente feridas. O grande trauma da Primeira Guerra Mundial é ligado às batalhas. E nesse contexto, o autor nos apresenta uma história fantástica no horror da guerra em que o espírito natalino se tornou a temática dos acontecimentos. Dessa maneira, o filme enfatiza a demonstração de humanidade protagonizada pelos indivíduos, numa atitude de bondade e confiança no inimigo.
Assim, a obra nos familiariza com o cenário europeu da Grande Guerra. Uma catástrofe de 4 anos paralizados em trincheiras em que 2/3 da juventude européia perdeu suas vidas. O evento que prenuncia uma crise total e muda a face do século que ora se inicia. E nos evidencia o instinto humano em sair das trincheiras, cessando a hostilidade e se cumprimentarem, naquele ato singular e sem amparo do comando.

Bibliografia:
HOBSBAWN, Eric. Da paz à Guerra, in A Era dos Impérios. Rio de janeiro. Paz e Terra, 1988.
Feliz Natal de Chistian Carion.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tempos Modernos

Resenha do filme Tempos Modernos, que foi filmado em outubro de 1934, e sua estréia foi em fevereiro de 1936.
Resenhista: Magdale Catelan.


O filme Tempos Modernos é uma sátira sobre a industrialização. Quem assiste ao filme percebe as criticas que são feitas ao modo de industrialização e ao pensamento capitalista. As cenas na indústria mostram a realidade dura dos operários das fábricas, a quem é exigido além do seu limite para obtenção do lucro total do dono da fábrica.

A produção mostra a situação de instabilidade que a população enfrentava com exploração. As greves e até mesmo a fome eram freqüentes por conta da instabilidade da economia capitalista daquele momento, das incertezas de um tempo desconhecido e que era rápido demais, o que é agora daqui a pouco não é mais. A passagem do filme que mostra o protagonista fazendo de tudo para voltar à prisão de onde havia saído por ajudar o delegado a se libertar de outro preso mostra a insegurança do desemprego.

Por outro lado, ter emprego era fazer parte da máquina que operavam isso não significava ser visto como trabalhador. Cada um fazia um tipo de serviço, sem nem saber qual seria o produto final, em uma total alienação da vida do seu próprio trabalho. Chaplin na cena que sofre um colapso mostra que, para algumas pessoas, era difícil se adaptar, e que as pessoas desejavam algo melhor si. As cenas com comida abundante mostram a imaginação das pessoas de como seria a fartura de comida e a vida com luxo e as facilidades da modernidade. Mas a realidade da época era outra, mais dura. As pessoas não sabiam ao certo o seu lugar na sociedade, procuravam emprego e não encontravam. A crise da economia capitalista em 1929 fechou fabricas, desempregou e deixou famintas milhares de pessoas.

O filme retrata bem a diferença das classes que podiam comprar ir a uma loja, e as pessoas sujas e mal trapilhas com fome e sem esperança. Tempos Modernos é um filme muito importante para enxergarmos como se davam as relações do operário com as mudanças e descobertas da época. Consumidas pela alienação, estes eram como robôs regulados só para o trabalho, não sabiam nem manusear o fabricavam, não tinham direito a nada, nem a folga, nem a férias, qualquer segundo parado significava perda de dinheiro para o dono da fabrica. O filme é envolvente e desperta-nos para os dias de hoje também. Será que conseguimos realmente conquistar condições de trabalho mais dignas para todos? Ou se olharmos mais de perto ainda podemos encontrar casos de trabalhadores que não tem seus direitos assegurados e tem uma jornada de trabalho maior do que podem suportar.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Socialismo Soviético

FERREIRA, Jorge. O socialismo soviético, in: REIS FILHO, D. A.; FERREIRA, J e ZENHA, C. O Século XX- O tempo das Crises: revoluções, fascismos e guerras. RJ: civilização Brasileira, p 79-108.



Juliana Maria Manfio



O texto de Jorge Ferreira, professor adjunto de História do Brasil da Universidade Federal Fluminense, demonstra como ocorreu à construção do socialismo soviético, um sistema político que traria transformações econômicas, sociais e culturais, na URSS, a partir de 1929, através da figura de Stalin.
Dessa forma, o artigo foi dividido em três subtítulos: 1) A construção do socialismo, que nos apresenta passo a passo, de como se formou a idéia do socialismo na URSS. As crises agrícolas de 1927 e 1928 levaram a Stalin reformar uma Nova Política Econômica, implantando a industrialização pesada e a coletivização do campo, através dos planos qüinqüenais. A coletivização do campo não foi bem aceita entre os camponeses, sendo forçados a sair de suas terras e obrigados a trabalhar nas fazendas coletivas. A população rural soviética passou para um novo tipo de servidão: a estatal. A partir daí, isso gerou na agricultura e pecuária, níveis de produção sofríveis. Já a industrialização acelerada na URSS foi um sucesso, para um país de agropecuária. O investimento na industrialização pesada provocou a rápido crescimento econômico. Assim, os operários foram os grandes sacrificados com isso, devido os drásticos índices de produção que deveriam ser executados, para cumprir as metas dos planos qüinqüenais. Apesar isso, a industrialização promoveu a milhões de soviéticos a melhorarem seus níveis de vida, através de oportunidades de empregos, e investimentos na saúde e educação.
No subtítulo 2) Stalin: camarada e tirano, o texto retrata a questão da popularidade de Stalin. O modelo socialista que exalta a figura do seu líder, o culto da personificação. O autor aborda, como principais fatores que levam as pessoas a cultuar a figura de Stalin: a maciça propaganda política oficial, aclamando a União Soviética e o sentimento de gratidão à Stalin, pelas melhorias nas condições de vida e também a promoção da ascensão social.
No subtítulo 3) O Grande Terror, mostra o lado “tirano” de Stalin, que entre os anos de 1936 e 1938, a população sofreu com perseguições, punições, torturas e mortes daqueles que a Stalin e a seu governo. A população teve participação nesse movimento, ajudando a Stalin a eliminar os inimigos e traidores. Assim, milhões de pessoas foram vítimas do Grande Terror Stalinista.
No último subtítulo 4) O modelo soviético, o autor reforça todas as características do socialismo soviético, apontadas ao longo de seu texto. Estatização dos meios de produção, modelo único de partido, a ideologia marxista-leninista, a exaltação da “mãe Rússia” e do culto a personificação do líder, são características que compõe o modelo socialista soviético.
Dessa maneira, o autor Jorge Ferreira, nos apresenta o socialismo soviético, de maneira clara, com um texto descritivo, explicando passo-a-passo as transformações ocorridas da Rússia e o cenário deixado por Stalin, com a implantação do socialismo. Proporcionando assim, o entendimento desse modelo político a qualquer pessoa que desejar lê-lo. O texto ainda provoca o leitor a ler sobre o socialismo de Cuba.
O socialismo soviético, implantado para igualar a sociedade russa, acabou prejudicando os camponeses e operários da Rússia, mantendo disparidades entre a população. Entretanto, apesar de concordar com as idéias do autor, pude perceber que, tanto o modelo socialista soviético, como o modelo capitalista vigente em grande parte do mundo, não beneficiaram, ou melhor, não favoreceram a massa trabalhadora.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mensagem à resistência


Canção de Outono, um dos poemas mais famosos de Paul Verlaine, teve seus versos (ligeiramente alterados) usados pela Radio London, em 5 de junho de 1944, às 21:15, pouco antes do desembarque na Normandia, para avisar a Resistência Francesa. 


Les sanglots longs
Des violons
De l’automne
Blessent mon cœur
D’une langueur
Monotone.





A citação foi muitas vezes trocada em um dos versos, passando de blessent mon coeur (machuca meu coração) para bercent mon coeur (berço do meu coração). Charles Trennet  (1913-2001) ao musicar o poema, manteve a mudança. Este famosíssimo cantor francês foi um dos primeiros artistas a assumir publicamente sua homossexualidade, foi perseguido pelos nazistas a quem teve de provar não ser judeu e acabou sendo um dos ícones da resistência, que elegeu suas músicas como hinos. 

No vídeo abaixo, ele canta os versos de Verlaine. 





quinta-feira, 19 de maio de 2011

Educação no Brasil


Não há nada a acrescentar na fala desta professora do Rio Grande do Norte. Assistam e divulguem. Educação é assunto sério. Todos precisam se conscientizar disso.




terça-feira, 17 de maio de 2011

Adeus Lênin!A degradação do socialismo



http://youtu.be/WjViOCJysuI
O filme Adeus Lênin (Good Bye Lênin!), lançado em 2003, retrata a história de uma família onde a Sra. Kerner cria sozinha seus dois filhos, tendo por base os princípios ideológicos e costumes socialistas. Ativista convicta ao caminhar pela rua vê seu filho Alexander ser espancado em uma passeata contra o governo. Perplexa, não suporta o choque, e entra em coma profundo. Após meses, acorda, mas o que ela não sabe é que o capitalismo esta instalado, caiu o muro de Berlim e o socialismo já não mais existe. Assim, o cineasta Walfganger Beckar transforma a trama de um drama em uma comédia para descrever como ficou a Alemanha Oriental. Alexandre para não deixar sua mãe sofrer outro choque, resolve esconder que o capitalismo tomou conta de toda Alemanha. Afinal não foram somente os ideais que mudaram. As roupas, os costumes, os programas televisivos, a comida e a propaganda capitalistas se espalharam pela antiga pátria do marxismo-leninismo. Assim, o jovem protagonista resolve isolar sua mãe em um quarto e trata-la como se nada tivesse mudando.
O longa-metragem relata como mundo ficou após 1989, com derrubada do murro de Berlim e o choque que a Alemanha Oriental teve ao dormir socialista e acordar capitalista. Se, de um lado, houve os que ficaram extasiados com as mudanças – afinal, era um mundo novo onde todos os sonhos matérias poderiam ser realizados –; de outro, ficaram não somente os órfãos do regime, mas os que ainda sonhavam com uma ideia de socialismo real e aguardavam que o mundo da cortina de ferro um dia viesse a se tornar isso. O filme não tem a pretensão de defender direita ou esquerda, mas sim relatar como ficou a Alemanha após a sua unificação, dando ênfase à luta pelas vagas de emprego, o aumento da variedade de produtos, a concentração de renda nas mãos das famílias mais abastadas, o desemprego e as ideologias que foram espremidas pelo capitalismo.
Assim pode se disser que a degradação da sociedade socialista deve-se ao descontentamento com o sistema, a população ansiava por uma política mais accessível menos ditatorial e melhores condições de vida. Embora o socialismo visasse uma sociedade mais justa e igualitária o povo não estava contente, ao contrário, muitos sentiam se reprimidos e sufocados pelo sistema. A queda do murro de Berlin foi o fim da divisão de dois mundos e o marco para uma nova sociedade, o socialismo passou a ser uma utopia e o capitalismo a dominar praticamente todo mundo.

Gláucia da Rosa Do Amaral.
Bibliografia:
►Adeus, Lênin, de Wolfgang Becker
►REIS FILHO, Daniel A.crise e degradação do socialismo
I►n REIS FILHO, D A.FERREIRA, J E ZENHA,C.O Século XX ¬¬- o tempo das dúvidas:Do declino das utopias as globalizações.Rio de Janeiro:Civilização Brasileira,2008.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Para ler o século XX

Esta palestra parece um bom começo para ler e pensar o século XX. Foi postada no blog Livros e Afins.

Os perigos de se conhecer uma única história.
Parte 1:



Parte 2:

Olhares sobre o século XX

Este blog é um exercício. Propus a turma do 5º semestre do Curso de História do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA, RS) que fizéssemos um blog para postarmos os impressões dos estudos deles sobre o século XX. Filmes, livros, textos acadêmicos, tudo aqui terá as palavras deles. Se o material servir para ser usado mais adiante por outros ou por eles mesmos, ou para que eles percebam, no futuro, as modificações em sua compreensão o blog já terá feito todo sentido.

Sinta-se à vontade para comentar, mas saiba, desde já que comentários desrespeitosos serão ignorados.
Sinta-se à vontade em usar o material colocado aqui, mas de a referência, questão de regras e de caráter.

Seja bem vindo